Brancura em decadência. O que alimenta a sua alma? As respostas desenrolam-se graciosamente na tela central, como se estivessem a ser dactilografadas. À esquerda e à direita, desenrola-se um processo intrincado: a pele e o fruto emergem com um som caraterístico de estalos e uma crosta quebradiça desintegra-se. Uma manta de gesso envolve tudo, tornando tudo num branco imaculado, até que tons vibrantes irrompem à medida que as conchas se estilhaçam e os frutos e legumes são consumidos e transformados em tinta. Três projecções, três perspectivas: A tela da esquerda oferece um ponto de vista humano, íntimo e marcado por movimentos ousados. A tela da direita oferece uma vista aérea, captando toda a cena à medida que a brancura evolui gradualmente para um caleidoscópio de cores. Mantém uma sensação de distanciamento, onde os movimentos vindos de cima parecem quase imperceptíveis. É um espaço para o apego e o desapego - enquanto a tela central alimenta a sua alma. A vista aérea revela o fruto a desprender-se da sua casca branca de gesso e o vestido branco a transformar-se numa pintura viva e vibrante.